domingo, 1 de abril de 2012

Meio-fio menino.

Sobre o meio-fio menino.
Fio de quem, a mãe cochicha.
Foi sem querer, todos viram.
Aquelas mãos de amparo, tremiam.
A poça que molha é suja, refletiu, desconheceu.
Prestar atenção, será que eu presto agora?
O sem-querer ensina senhora.
Olhar para os lados, conforta em hora.

Sabe lá

Sabe lá
tem muita coisa rolando
e essa frieza espanta
olho pra frente só quando ando
não vejo nada...
não vejo nada, além de anjos

sei-lá
Verdade nao tem de que.
sei-lá se é esse tal número onze
sei-lá se eu que estou treze
Ou se além do amor e da matemática
algo nessa vida tem sentido

sei-lá, se ainda se sabe amar
sei-lá se sua mente é suja
a minha talvez seja

sei-lá se aceito o boa noite
porque a noite é boa
só se você rezar...
amém!

De quase tudo

Não sou feito abraço
Sou também duvidoso
Não sou feito aço
Sou também presunçoso
Não sou feito safadeza
Sou também sermão
Não sou feito proeza
Sou também coração
Não sou feito azedo
Sou também limão
Não sou feito certeza
Sou também errado
Não sou feito clareza
Sou também pirado
Não sou feito família
Sou também cuidado
Não sou feito pilha
Sou também desligado
Não sou feito agulha
Sou também enfiado
Não sou feito ferida
Sou também machucado
Não sou feito sonho
Sou também acordado
Não sou feito vaidade
Eu sou feito de quase tudo
Que exista verdade.